Ah...leitores, amigos, ex-alunos, alunos, galera! Pois é, para aqueles que já estavam aqui acompanhando os "beijos", o silêncio se fez por total falta de tempo - ainda não consegui a fórmula de transformar 12 horas em 24, e pior do que isso é a constatação de que ainda preciso de pelo menos 5 horas de sono hehehe - e porque a vida é extremamente dinâmica. Entretanto, estou de volta com algumas novidades. A primeira é que voltei à sala de aula. E, este é um dos motivos de compartilhar não só novos textos, mas também de trazer o trabalho de sala de aula para o mundo virtual, disponibilizando aos alunos as aulas, os textos, e tudo que rola na sala. Então, esta será mais uma página do blog:Beijo da Escrita em Sala de Aula ( o blábláblá da língua portuguesa e da literatura). Local onde estarão os conteúdos trabalhados, links interessantes, os textos entregues, as postagens dos trabalhos dos alunos, os projetos. Pra quem está chegando agora, principalmente os alunos das disciplinas de Língua Portuguesa e Literatura da E.E.E.M. Dr. Oscar Tollens, há muitos tipos de "beijos" - textos -, bisbilhotar faz parte do aprendizado. Portanto, esteja à vontade! E, que o Beijo-da-Escrita lhe seduza a participar desse movimento....
Beijo da Escrita
Eu escrevo como quem beija.
Um beijo longo, demorado, carinhoso.
Um beijo desses de língua.
A língua se movimenta lentamente
e me permite um gosto
ao mesmo tempo do outro
e de mim mesma.
Do outro que me encontra
neste texto
e do que há em mim que permite o encontro.
Eu escrevo como quem vive.
Assim, simples,
fazendo um texto de vida,
na vida.
Às vezes, penso,
afinal, que texto é esse que eu produzo?
Que vida é essa agenciada
pelo sabor das palavras compartilhadas,
sussurradas, como um afago?
Quem é esse outro que me encontra
e quem sou esse eu mesma que se expressa,
que se entrega...
nesse delicioso beijo de língua?
Nesse movimento que, afinal,
eu mesma provoco?
O gosto vem do meu movimento mesmo
associado ao movimento do outro.
Quando escrevo, eu me inscrevo.
Fica também o meu gosto
no gosto da língua do outro.
E isso me remete a não querer parar de escrever.Nunca.
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