Esta página é pra mostrar o gosto do beijo-da-escrita dos outros com seus textos imagens, vídeos, músicas, enfim a arte e o que esse movimento do outro em mim provoca!
Animação premiada em Berlin
http://www.dailymotion.com/video/x2l3pk_fish90_fun
As pérolas aqui contidas são muitas. Uma delas - e a que me tocou mais - é a de que só quem realmente ama entende que não há como se prender nada, ninguém.... porque o verdadeiro amor independe de espaço físico, Ele sempre, sempre, sempre traz o que é necessário pra gente.
sprite - true love
propaganda lindinha!
Ahhh... que coisa mais linda esse comercial. Tantos aspectos importantes a salientar, mas com certeza o fato de que esse vínculo de pai-filhos é uma das oportunidades para que possamos vivenciar o amor como a sabedoria que a mera razão não compreende, pois nesta última -a razão- estamos presos aos padrões, rótulos que nos aprisionam em conceitos, posturas,,, que não permitem o entendimento.
Pietá!!
"A verdadeira grandeza!"
Quando vi este material, fiquei hipnotizada. Pensando, Robert Hupka ficou uma noite inteira fotografando. Montou um andaime para conseguir todos os ângulos. Construiu tudo à luz do dia, para à noite fotografar. Estar ali, absorto, senti a visão de cada foto. Imaginei-me a lente na mão do fotografo, captando tudo, Fiquei fascinada ao ler a resposta de Robert Hupka a respeito da contemplação da Pietá, ao que ele disse: "Encontrei-me, pela primeira vez na minha vida, com a verdadeira grandeza." Essa resposta tocou-me profundamente e olhei cada foto, buscando o entendimento dessa frase. Busquei essa grandeza, naquela escultura de um momento tão duro, definitivo. E, vi ali Maria, segurando seu filho morto. 'Michelangelo a fez aos 23 anos, É a única obra em que ele deixou seu nome inscrito na faixa que atravessa o peito da virgem. É conhecida como "a pedra que é uma ternura"'. Essas informações bailam perante meus olhos e minhas sensações ao clicar para cada nova foto vai num crescente, misturando a contemplação com a constatação da grandeza não só da obra, mas do que ela simboliza. Nesse momento, entendi que o que estava em jogo era justamente isso o que estava "na ausência" tão bem marcada, tão bem registrada.... a grandeza da obra estava no paradoxo de uma mãe ser mais jovem que o filho, mas esse era só o sinal que remetia ao porque dessa representação. Ah..Michelangelo, gostaria de estar presente quando esse insight se fez em ti, ou quando foi capturado por Robert Hupka, a verdadeira grandeza da obra reside na resposta do próprio Michelangelo sobre esse paradoxo: "As pessoas apaixonadas por Deus nunca envelhecem". Aos olhos do Amor não existe nada que não possa ser perdoado, nada que não possa ser amado, nada que não possa ser aceito, pois o Amor é a sublime sabedoria. Gratidão.... E você o que sentiu ao ler e ver tais imagens?
Mais do que na hora disso acontecer!
Por uma nova postura!
Esse video é tudo que necessitamos neste momento no Brasil. Pena que não seja veiculado diariamente inúmeras vezes por dia, até ser assimilado por todos e virar um hábito na vida dos cidadãos e principalmente dos políticos. Repasse para todos que você conheça, quem sabe o grão-de-areia possa agigantar-se e auxiliar na mudança!
Beijo da Escrita
Eu escrevo como quem beija.
Um beijo longo, demorado, carinhoso.
Um beijo desses de língua.
A língua se movimenta lentamente
e me permite um gosto
ao mesmo tempo do outro
e de mim mesma.
Do outro que me encontra
neste texto
e do que há em mim que permite o encontro.
Eu escrevo como quem vive.
Assim, simples,
fazendo um texto de vida,
na vida.
Às vezes, penso,
afinal, que texto é esse que eu produzo?
Que vida é essa agenciada
pelo sabor das palavras compartilhadas,
sussurradas, como um afago?
Quem é esse outro que me encontra
e quem sou esse eu mesma que se expressa,
que se entrega...
nesse delicioso beijo de língua?
Nesse movimento que, afinal,
eu mesma provoco?
O gosto vem do meu movimento mesmo
associado ao movimento do outro.
Quando escrevo, eu me inscrevo.
Fica também o meu gosto
no gosto da língua do outro.
E isso me remete a não querer parar de escrever.Nunca.
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